14 de agosto de 2011

Diário - 19º Registro...

Nossa...tive uma sensação que não tinha em semanas...
Acabou que o Carlos concordou em saírmos de lá,depois da morte da 3ª pessoa.
Sobraram 4,contando comigo.Nós tivemos que fugir para a estação Bresser.
Nossa sorte na saída foi que os infectados se distraíram com os corpos lá dentro...
Quando chegamos perto da estação Bresser,tivemos que parar,pois a avenida estava cheia de infectados.Um mar formado por seres atormentados,que um dia tiveram família,trabalho,deram risada com amigos.Hoje são maltrapilhos cheios de sangue.Alguns com pedaço de carne na boca.E talvez minha família esteja lá.
Tivemos que parar na porta da estação,e subimos na Hilux,e depois na cobertura da entrada.
Era uma rampa imensa.Uns 20 metros de concreto liso e inclinado.No meio do caminho,olhei pra baixo,e bem na hora,uma senhora de uns 40 anos começou a escorregar,indo direto para aquele inferno.Não gostaria de ter visto aquilo.Eu vi as vísceras da mulher,vi seu sangue escorrer entre os dentes daquelas pessoas.
E de repente,seu gritos pararam.Nem terá condições de virar uma infectada,com certeza não restou nada.
Depois,agente subiu,e chegamos na plataforma.
Agora estamos aqui.Eu,o Carlos,e a Ana Paula,uma moça de uns 25 anos ,que esteve desesperada por todo esse tempo.Eu consegui quebrar um quiosque da Nestlé,e peguei algumas barras de chocolate...isso é muito bom.Nem lembrava o quanto.
Mas mesmo aqui,existe um grande perigo.
Ninguém sabe se todas as estações estão fechadas.Tudo pode acontecer...inclusive,infectados conseguirem chegar aqui pela linha de metrô...
Isso é o que eu menos quero... 

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