13 de junho de 2012

Diário - 33º Registro...Um ano

Um ano...desde que tudo isso começou...

Ontem não fiquei muito à vontade para escrever sobre isso mas tenho que desabafar.
Todo dia eu penso em como minha família deve estar,se estão vivos,e onde estão...à uns tempos atrás eu tinha quase certeza de que todos eles estavam mortos,mas eu estou vivo...por quê eles não podem estar?

Às vezes também me sinto culpado pela morte de Matheus,Cláudia e da Beatriz...se eu não tivesse sido salvo por eles,poderiam estar vivos até hoje,e não morrido daquela forma horrível...

Este mundo está impiedoso...

Em um ano perdi minha família...
Consegui várias cicatrizes...
Vi outra família ser destruída brutalmente...eu vi muitas pessoas morrerem...
Vi a situação caótica e decadente em que a Área Segura estava...

Tudo de ruim que se pode presenciar em uma vida inteira, eu presenciei em um ano...

Minha mente já se adaptou,e nem escuto direito os gemidos dos infectados,o cheiro de sangue e podridão está bem mais fraco...

Ontem de manhã,o dia estava com muita neblina,e foi o ambiente perfeito para eliminarmos os infectados na rua,então pegamos algumas facas e o machadinho,mas sem nenhuma arma de fogo.

Coloquei uma jaqueta verde-folha bem grossa que achei há algum tempo,e os outros do grupo vestiram o que puderam achar na casa.

Do portão,vimos que o infectado mais próximo estava à uns 10 metros de distância,e o Eduardo foi o primeiro a ir para cima dele,com o machadinho na mão.

Antes de qualquer reação,ele acertou o primeiro golpe horizontalmente, na altura do olho esquerdo,e a lâmina do machadinho cravou-se na órbita ocular do infectado com um som esquisito,enquanto ele lutava para ficar de pé,e depois,caiu no chão.

Fomos derrubando um por um,e antes da neblina sumir,já havíamos acabado...

Até agora,não apareceu mais nenhum infectado,e nosso próximo passo é conseguir gasolina para o Civic.

Eu estava pensando em ir para a Área Segura,já comentei isso com o grupo,e eles estão cogitando essa possibilidade...

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