28 de novembro de 2011

Diário - 28º Registro...

Depois de algumas semanas,os infectados começaram a sair do portão...talvez,perderam o interesse.
Então,eu e o Matheus saímos a primeira vez no dia 2 de novembro.A Cláudia abriu o portão,arrancamos no Honda Civic deles,e ela fechou o portão novamente.
Fomos para o supermercado mais próximo...um Pão de Açúcar à uns 4 Km de distância.
Ele estava todo fechado,e vazio.
A rua não tinha nenhum infectado;O Matheus estacionou ao lado do portão,e o pulamos.
-O carro já ta com o teto solar aberto.Na volta você fica em cima e joga tudo por ele.
-Tudo bem
Pegamos um carrinho,e quebramos um vidro na lateral da entrada do mercado.
Lá dentro,o cheiro de carniça e mofo estava impregnado.
Pegamos alguns enlatados e enchemos o carrinho.
Na saída,fiz o que havia sido combinado.
Depois que joguei tudo dentro do carro,fomos embora sem problemas.
Quando chegamos na rua do prédio,o Matheus buzinou,para chamar a atenção dos infectados no portão;Ele deu a volta no quarteirão,e quando voltou,a Cláudia já estava com o portão aberto.Entramos,e fechamos o portão,antes de chegar mais infectados.

Mas com o passar do tempo,as coisas foram ficando mais difíceis...tivemos que ir para outro mercado,para pegar mais comida que não estivesse estragada,tivemos que pegar combustível de outros carros do prédio e das ruas próximas,os infectados apareciam mais pelo bairro...

Na semana passada,pedi para o Matheus me levar até o helicóptero para conseguirmos algo útil.
O helicóptero estava à uns 3 quilômetros do prédio.
A rua tinha alguns infectados,e tivemos que ir rápido.
Quando me aproximei do helicóptero semi-virado,já pude sentir o cheiro de morte.
Lá dentro,o corpo em decomposição do soldado.
Procurei minha mochila,e achei.Ela estava pendurada num dos assentos.Eu a peguei,e observei o soldado...
Vi que ele tinha uma pistola e alguns pentes de munição.
Eu os peguei e pensei que poderia arrumar algo parecido com o piloto.
Mas quando me aproximei,vi que ele estava infectado,e só não tinha me atacado porque não conseguia se soltar do cinto.
Fomos embora.

Não sei se essa situação vai ficar ainda pior...não quero viver para sempre dentro de um apartamento.
Eu já aprendi a usar a arma,todos nós aprendemos.
Fico imaginando o que levou a Beatriz a ter se interessado por mim tão rápido...
Talvez porque ela não tinha contato com alguém da mesma idade há meses,ou por causa de hormônios à flor da pele.....ou simplesmente por falta de opção...só sei que ela se tornou alguém muito importante para mim...toda essa família.

A cada 3 ou 4 dias,eu e o Matheus saímos para buscar comida,e não sei se vou sobreviver para voltar.
Só espero que essa situação melhore...

2 comentários:

  1. ta de parabens pela a historia manoo! agora eu espero pelo resto... isto se vc ainda estiver vivo...

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