O barulho dos passos foi aumentando.
Com certeza,esses infectados conseguem sentir de algum modo,a presença de pessoas normais...pelo cheiro talvez.
Eram só mais duas estações,e estaríamos a salvo,longe desse inferno.
Falando,parece fácil...só falando.
Fiz o maior esforço pra levantar,e parecia que eu tinha uma tonelada presa a mim.
Assim que eu levantei,todo o meu corpo doeu.
Carlos deu o sinal,e começamos a correr...
Naquela parte da estação,as luzes estavam acesas,e conseguimos pegar uma boa distância do grupo de infectados...quando olhei para trás,vi que tinham uns 10 atrás de nós.
Depois de uns 3 ou 4 minutos correndo,um vagão estava bem no meio do caminho,mas não era um vagão normal...era um vagão pequeno,e era um só.
Provavelmente era de manutenção.
A porta traseira estava aberta,e eu já pulei pra dentro...mas sem olhar o que tinha dentro.
Um homem magro,loiro,e com uma barba que cobria todo seu rosto estava deitado,embaixo do banco,ao meu lado,seus dentes estavam à mostra por falta de toda a lateral de seu rosto.
Seus olhos estavam mortos,sem reação,até que eu tossi por causa do impacto com o chão.
De repente,ele tentou se levantar,sem sucesso,e então rolou para cima de mim.Na hora,fique sem muita reação,e fiz o que dificilmente faria,se tivesse pensado bem...assim que ele subiu em mim,empurrei seu queixo com toda a minha força,até ouvir um estalo forte,e sua cabeça ficou travada por um instante,até que ela escapou das minhas mãos,ficando pendurada somente pela pele do pescoço,e o homem ficou abrindo e fechando a boca,enquanto seu sangue escuro e gosmento começou a sair de sua boca,escorrendo por meu braço.
Bem na hora,a cabeça do homem explodiu,e quando olhei para o lado,lá estava Carlos,com seu fuzil apontado...
Vou escrever depois...estão me chamando...tudo aqui é diferente do que pensávamos...mas mesmo assim,é melhor do que lá fora...
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